Recordações*
Hoje eu me peguei pensando em você, e confesso que dei altas risadas lembrando de nossas loucuras e de nossas palhaçadas. Cada coisa a gente fez, cada plano e promessa que até dava um livro. Recordei as fotos e li e reli as cartas de uma época já sem volta, de tristezas perdidas no vazio de outras tristezas, e de risos perdidos na confusão de outros passos. Você esteve ali, esteve aqui e esteve lá. Você esteve em todos os momentos da minha vida, foi igual um irmão para me dar conselheiros e um melhor amigo para me fazer esquece-los.Foi o sorriso a me iluminar, foi o ombro amigo a me consolar, e de repente percebemos que era amor. Um amor igual a de filmes, uma amor sem malícias e sem desculpas, um amor que duraria até quando o próprio amor se esgotasse. E novamente percebemos que éramos apenas amigos , que estávamos confundindo sentimentos. E então quando você sumiu e só me restou as fotos de um tempo já sem volta, percebi que junto com as recordações viriam também as lamentações. Eu me perguntei quando você voltaria, mas até hoje você não voltou.
Não senti raiva ou ódio, apenas saudade de teu sorriso e de teu abraço, do afagar em meus cabelos. Saudade de ouvir você cantar as melodias mais bonitas e dedica-las todas para mim. Não sei porque você se foi, havia tanta coisa a ser dita a ser vivida. Mas saiba que sempre que eu lembrar de algo bom, eu sempre vou me lembrar de você.
Maile Antonelli
